RECURSOS DE BUSCA NA INTERNET

 

1 Internet 6

Software livre e Open Source (Arquivos Abertos)

2

Breve História da Internet

7

Vídeos e Leituras recomendadas

3 Documento Eletrônico 8 Internet da Biblioteca Digital Mundial
4 Websites 9

Fontes Consultadas

5 Bibliotecas virtuais    

 

1.INTERNET


A Internet é uma rede global de informações, em espaço ilimitado e presente em várias comunidades. Essa rede é imensa, dinâmica, sem possibilidade de domínio de todos seus detalhes. É o segundo maior sistema de comunicação existente no universo superado em alcance e volume de tráfego apenas pelo sistema mundial de telefonia.

Tem sua origem na ARPANET - rede destinada a uso militar, criada em 1970 pelo Departamento de Defesa Americano. A Internet, criada em 1985, perde o caráter militar, englobando agências civis do governo americano e posteriormente, redes de universidades e de institutos de pesquisa americanos e, finalmente, expandindo-se a empresas, instituições e indivíduos de praticamente todo o mundo.

A Internet é considerada uma meta-rede, ligando milhões de computadores de médio e grande porte ("hosts") além de microcomputadores, através de linhas telefônicas, cabos de fibra ótica, cabos submarinos e por satélites. O domínio da Internet está presente no endereço do computador identificados como: com (comercial);edu (educacional e de pesquisa);org (organizações sem fins lucrativos); gov (organizações governamentais); br (Brasil);jp (Japão); etc. O seu acesso é feito através de um provedor.

A Internet oferece várias atrações. Dentre elas, os serviços oferecidos mais importante e utilizados são o correio eletrônico (serviço para transmissão e recebimento de mensagens); FTP-FileTransfer Protocol (permite a transferência de arquivos de um computador para outro; "Login" remoto (permite a conexão entre os computadores de todos os pontos remotos da rede-Telnet).

Atualmente, tem-se a Internet 2, com transmissão em fibra ótica, dedicada ao ensino e pesquisa, com transmissão de imagens em tempo real, de alta qualidade - vídeo conferências.

 

2.BREVE HISTÓRIA DA INTERNET

Anos 70 Primeiras experiências de uma rede conectando computadores, no início como projeto militar dos EUA

 

1972
A Agência de Pesquisa para Projetos Avançados, organização do
governo norte-americano, lança a Arpanet, bases da
"inter-networking", protótipo da internet 
1973
Em Stanford, Vinton Cerf escreve o artigo "Internetting",
publicado no ano seguinte 
Anos 80
É criada a linguagem de computação que permitiria o
desenvolvimento de páginas gráficas e a utilização dos hipertextos; a expressão
World Wide Web é consolidada, traduzindo a idéia uma rede global; instituições
universitárias são conectadas através da rede 
1º de janeiro de 1983
Vinton Cerf inaugura a comunicação de todo o seu
grupo acadêmico permanentemente em Transmission Control Protocol (TCP), que
enviava informações em blocos
Começo dos anos 90
É criado o browser Mosaic, que estava na origem de
todos os navegadores utilizados atualmente; são criadas as "páginas"
de internet tal como as conhecemos hoje 
1995
 A internet comercial passa a funcionar. É criado o site Yahoo!. Os
primeiros sites brasileiros entram no ar
1996
É o auge da disputa entre Microsoft e Netscape, que era então a
maior ameaça à hegemonia da empresa de Bill Gates 
Final dos anos 90
A Microsoft reestrutura seus negócios para fazer face
à rede e investe no navegador Internet Explorer; Google começa a se consolidar 
2000
Ataques em larga escala a grandes portais prenunciam a necessidade
de aumentarem as medidas de segurança; grandes empresas são beneficiadas;
estoura a bolha, e a valorização das pontocom no mercado de ações desaba
2001
A Justiça norte-americana restringe o portal Napster, que havia se
popularizado oferecendo intercâmbio gratuito de músicas pela internet Começo
dos anos 2000 O portal Google se consagra, lidera os portais de busca e
rivaliza com a Microsoft 
2005 
 O projeto do portal Google de disponibilizar livros em larga escala
na rede é alvo de forte oposição de editoras americanas e de especialistas;
temas como direitos autorais, pirataria e a proteção dos acervos das
bibliotecas nacionais causam polêmica, e a empresa recua 
2005-2006
Calcula-se que o número de ciberusuários no mundo tenha
chegado a 1 bilhão 2006 em poucos dias, diferentes episódios ameaçam o
funcionamento livre e democrático da rede

 

3.DOCUMENTO ELETRÔNICO

 

Documento existente em formato eletrônico acessível por computador (ISO/DIS690-2: 199 X).

Característicasdos documentos eletrônicos:

  • facilidadede manipulação- o conteúdo de um documento eletrônico pode ser composto e recomposto, cortado e recopiado, reformatado e alterado. Facilidade para compor outros documentos.
  • possuem links internos e externos- mídias em vários formatos(textos, imagens, audio e vídeo) podem ser conectadas e reconectados dentro e entre documentos eletrônicos.
  • são facilmente pesquisável- apresentam estrutura lógica na organização dos documentos, processamento de linguagem natural e/ou facilidades de sistemas especialistas para o acesso e interpretação do conteúdo. Formas de recuperação mais maleáveis.
  • transporte instantâneo - informação pode ser transmitida instantaneamente para qualquer localização geográfica.
  • duplicação infinita - a distribuição é realmente uma duplicação do documento, o original permanece na fonte original. Quantidadede duplicação tecnicamente ilimitada com vários tipos de suportes juntos: imagem, som, movimento. Produção em massa ou cópias em demasia não diminuem a qualidade das cópias(ou dos originais).

https://youtu.be/h8K49dD52WA Internet History

https://youtu.be/8sTy8466MoE Brief History of the Internet


4. WEBSITES

 

 

Conjunto de páginas (webpages e homepages) agrupadas por um mesmo assunto propósito ou objetivo, podendo ser de uma instituição, empresa ou indivíduo. Estas páginas podem ou não estar alocadas dentro de um mesmo servidor.

Critériosde avaliação de Websites: (MIYAZAKI)

a)descrição do Website - quanto ao propósito, objetivo, missão, informações sobre o Website;

b)audiência ou público a que se destina - faixa etária, nível de educação, nível de especialização profissional;

c)confiabilidadeda fonte - qualificações/credibilidade do autor ou da organização/instituição mantenedora, fontes de informação utilizadas;

d)alcance - temático, geográfico, idiomático e/ou cronológico;

e)conteúdo- atualização (identificação com data de criação e de atualização) singularidade (derivado de outros formatos, com novidade) qualidade da redação (linguagem e vocabulário empregados);

f)estruturada informação - permitir navegabilidade (identificação clara de todas as páginas que podem ser visitadas): barra de navegação, orientação/localização, recuperação da informação,arranjo das informações (alfabética, classificada), uso de, "links"ou elos de ligação com outra fonte (página, site,imagem, arquivo sonoro, etc.);

g)interatividade- possibilidade de dar sugestões; contato com autor, com mecanismos de"feedback"(formulário de preenchimentoou e-mail para contato); "helps"online (ajudas) e "cookies"(cadastramento do usuário e boas vindas para os ingressantes).

h)apresentação gráfica - imagens, gráficos, fotografias, ícones,cores, resolução, recursos técnicos; "frames".

 

 

 

5. BIBLIOTECAS VIRTUAIS


O Conteúdo dessa seção está disponível na palestra da Profa. Dra. Brasilina Passarelli na XVII Jornada Sul-Rio-Grandense de Biblioteconomia e Documentação sobre esse tema.

https://youtu.be/OEXYkdkWbqM Bibliotecas Virtuais Tour

6. SOFTWARES LIVRES E OPEN SOURCE (ARQUIVOS ABERTOS)

 

 

 

Software livre
Software livre, segundo a definição criada pela Free Software Foundation é qualquer programa de computador que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído com algumas restrições. A liberdade de tais diretrizes é central ao conceito, o qual se opõe ao conceito de software proprietário, mas não ao software que é vendido almejando lucro (software comercial). A maneira usual de distribuição de software livre é anexar a este uma licença de software livre, e tornar o código fonte do programa disponível.

Um software é considerado como livre quando atende aos quatro tipos de liberdade para os usuários do software definidas pela Free Software Foundation:
·    A liberdade para executar o programa, para qualquer propósito (liberdade nº 0);
·    A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades (liberdade nº 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;
·    A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade nº 2);
·    A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade nº 3). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;

Software Livre e Software em Domínio Público
software livre é diferente de software em domínio público. O primeiro, quando utilizado em combinação com licenças típicas (como as licenças GPL e BSD), garante a autoria do desenvolvedor ou organização. O segundo caso acontece quando o autor do software relega a propriedade do programa e este se torna bem comum. Ainda assim, um software em domínio público pode ser considerado como um software livre.

Software Livre e Copyleft
Licenças como a GPL contêm um conceito adicional, conhecido como Copyleft, que se baseia na propagação dos direitos. Um software livre sem copyleft pode ser tornado não-livre por um usuário, caso assim o deseje. Já um software livre protegido por uma licença que ofereça copyleft, se distribuído, deverá ser sob a mesma licença, ou seja, repassando os direitos.
Associando os conceitos de copyleft e software livre, programas e serviços derivados de um código livre devem obrigatoriamente permanecer com uma licença livre (os detalhes de quais programas, quais serviços e quais licenças são definidos pela licença original do programa). O usuário, porém, permanece com a possibilidade de não distribuir o programa e manter as modificações ou serviços utilizados para si próprio.

Open Source
O software chamado open source, ou em português, código aberto, é um tipo de software cujo código fonte é visível publicamente. O software de código aberto respeita as quatro liberdades definidas pela Free Software Foundation, porém, não estabelece certas restrições como as contidas na GPL. É advogado pela Iniciativa do Código Aberto (Open Source Initiative)

As diferenças entre Software Livre e Open Source
Muitos defensores do software livre argumentam que a liberdade é valiosa não só do ponto de vista técnico, mas tambem sob a ótica da questão moral. Neste aspecto, o termo software livre é utilizado para se diferenciar do movimento de software de código aberto, que enfatiza a superioridade técnica em relação a software proprietário (o que pode ser falso, ao menos em um curto período)
Os defensores do Código Aberto argumentam a respeito das virtudes pragmáticas do software livre (também conhecido como Open source em inglês) ao invés das questões morais. A discordância básica do Movimento Open Source com a Free Software Foundation é a condenação que esta faz do software proprietário. Existem muitos programadores que usam e contribuem software livre, mas que ganham dinheiro desenvolvendo software proprietário e não consideram suas ações imorais.
As definições "oficiais" de software livre e de código aberto são ligeiramente diferentes, com a definição de software livre sendo geralmente considerada mais rigorosa, mas as licenças de código aberto que não são consideradas licenças de software livre são geralmente obscuras, então na prática todo software de código aberto é também software livre.
O movimento software livre não toma uma posição sobre trabalhos que não sejam software e documentação dos mesmos, mas alguns defensores do software livre acreditam que outros trabalhos que servem um propósito prático também devem ser livres (veja Free content).
Para o Movimento do software livre, que é um movimento social, não é ético aprisionar conhecimento científico, que deve estar sempre disponível, para permitir assim a evolução da humanidade. Já o movimento pelo Código Aberto, que não é um movimento social, mas voltado ao mercado, prega que o software desse tipo traz diversas vantagens técnicas e econômicas. O segundo surgiu para levar as empresas a adotarem o modelo de desenvolvimento de software livre.

(Def. Wikipedia)

 

Portaria CTA nº 01/2019

Institui a “Política para Acesso Aberto às Publicações Resultantes de Auxílios e Bolsas FAPESP” em 20/5/2019

Resultado de imagem para fapesp acesso aberto

O DIRETOR PRESIDENTE DO CONSELHO TÉCNICO ADMINISTRATIVO DA FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Estatuto aprovado pelo Decreto nº 40.132/62, e com base nas decisões do Conselho Superior, em reunião realizada em 11 de junho de 2008, e do Conselho Técnico Administrativo, em reunião realizada em 21 de fevereiro de 2019, expede a seguinte Portaria:

Art. 1º  Esta Portaria tem por objetivo instituir a Política para Acesso Aberto às Publicações Resultantes de Auxílios e Bolsas FAPESP, Anexo I desta Portaria.

Art. 2º  As normas estabelecidas pela Política para Acesso Aberto às Publicações Resultantes de Auxílios e Bolsas FAPESP se aplicam à publicação de qualquer artigo ou outro tipo de comunicação científica, que contenha resultados originados de pesquisas apoiadas, parcial ou totalmente, pela FAPESP, em qualquer modalidade de apoio.

Art. 3º  Para efeitos desta Portaria consideram-se as seguintes definições:

I – Modalidades de Apoio: São as modalidades de Bolsas, Auxílios à Pesquisa e Programas concedidas pela FAPESP;

II – Acesso Aberto: disponibilização em repositórios de acesso universal e aberto de artigos ou outros tipos de comunicação científica publicados;

III – Termo de Outorga: Documento que oficializa a concessão de recursos pela FAPESP ao(s) Outorgado(s), para o desenvolvimento do projeto de pesquisa previamente aprovado, e estabelece as condições e obrigações das partes nele qualificadas.

Art. 4º  As obrigações estabelecidas na Política para Acesso Aberto às Publicações Resultantes de Auxílios e Bolsas FAPESP, Anexo I desta Portaria, serão disciplinadas nos Termos de Outorga dos processos concedidos pela FAPESP. 

Art. 5º  Demais orientações quanto à forma de encaminhamento de informações referentes às publicações de qualquer artigo ou outro tipo de comunicação científica, que contenham resultados originados de pesquisas apoiadas pela FAPESP, serão incluídas nas normas das modalidades de apoio.

Art. 6º  Esta Portaria entra em vigor 30 dias após a data de sua assinatura.

São Paulo, 21 de fevereiro de 2019.

Carlos Américo Pacheco

Diretor Presidente

Conselho Técnico-Administrativo

Anexo a Portaria PR nº 01/2019

– Anexo I – Política para Acesso Aberto às Publicações Resultantes de Auxílios e Bolsas FAPESP

1) Introdução

2) Publicação em Acesso Aberto

3) Políticas das Editoras e Associações Profissionais quanto à publicação em Acesso Aberto

4) A Política da FAPESP para a publicação em Acesso Aberto

1) Introdução (volta ao índice)

Comunicação é uma das bases para o avanço do conhecimento. O acesso mais abrangente possível aos resultados da pesquisa científica contribui decisivamente para o desenvolvimento social, econômico e cultural das nações. E a ciência de modo geral progride mais rápida e eficazmente com o acesso livre e irrestrito aos resultados da pesquisa científica, que são predominantemente registrados em artigos publicados em periódicos científicos.

A publicação científica por meio dos periódicos passou a ser realizada predominantemente na Internet nos últimos anos, incorporando-se neste processo de grandes mudanças um conjunto de aperfeiçoamentos na gestão editorial, no tratamento dos textos em rede, com links e serviços associados, e, principalmente, nas possibilidades e opções oferecidas pela Web para aumentar a visibilidade, acessiblidade, uso e impacto dos artigos e demais comunicações científicas.

Desde que, na reunião do Conselho Superior de 11 de junho de 2008 foi aprovada a política que se segue, a DC trabalhou com as reitorias e pró-reitorias de pesquisa para incentivar e orientar a criação dos repositórios institucionais. As principais universidades em São Paulo implementaram seus repositórios, destacando-se os criados pelo CRUESP (http://www.cruesp.sibi.usp.br/), o da UFSCAR (https://repositorio.ufscar.br/), UNIFESP (http://repositorio.unifesp.br/). A existência de repositórios institucionais, além de criar os instrumentos para a disponibilização da produção científica em acesso aberto, aumenta a visibilidade nacional e internacional da produção científica de cada universidade.

2) Publicação em Acesso Aberto (volta ao índice)

Uma das inovações mais importantes originada na publicação na Web foi o movimento de acesso aberto, que considera o conhecimento científico registrado nas publicações científicas como um bem público e preconiza que os trabalhos científicos sejam publicados na Web e tenham acesso universal e aberto, em especial quando as pesquisas são financiadas com recursos públicos (Varmus H (2008) Progress toward Public Access to Science. PLoS Biol 6(4): e101 doi:10.1371/journal.pbio.0060101) .

O movimento de acesso aberto é particularmente importante para os países em desenvolvimento, como o Brasil, cujo desenvolvimento científico trás e se beneficia do aumento do impacto das suas pesquisas. A ciência feita em São Paulo pode se beneficiar do acesso aberto e ao mesmo tempo ganhar maior visibilidade mundial. O desafio que se enfrenta é, por um lado, o de promover o acesso aberto às fontes de informação e conhecimento científico gerado internacionalmente e, por outro, promover e sustentar a visibilidade, acessibilidade, uso e impacto da produção científica nacional.

Estudos recentes mostram que existe um efeito de aumento de citações para artigos colocados em disponibilidade na Web em comparação com artigos publicados na mesma revista e não disponibilizados1,2,3.

O Brasil avançou notavelmente nos últimos anos na promoção e implantação do acesso aberto à informação científica. O SciELO, programa iniciado pela FAPESP em 1997, indexa e publica na Web, com acesso universal e aberto, os melhores periódicos nacionais, e progressivamente expande-se em rede cooperativa nos países ibero-americanos. Já há 14 países participando do Programa, que foi um dos primeiros no mundo oferecendo acesso aberto a publicações científicas na Web e que tem trazido um aumento relevante na visibilidade da ciência brasileira4,5,6.

A parte da publicação científica de autores paulistas que é feita nos periódicos de circulação internacional, editados em sua grande maioría por editoras comerciais e por sociedades científicas, tem acesso limitado, devido aos custos de assinatura que desafiam não somente as bibliotecas nas instituições paulistas e brasileiras, mas as de todo o mundo. Portanto, é necessário e oportuno que, sem prejudicar a publicação nestas prestigiadas revistas de circulação internacional, sejam estabelecidas políticas e instrumentos que facilitem e organizem a sua disponibilização sistemática em acesso universal e aberto na Web7.

Tal estratégia é possível usando-se as opções de publicação em acesso aberto oferecidas ou aceitas pelas editoras comerciais e pelas sociedades científicas que editam periódicos.

3) Políticas das Editoras e Associações Profissionais quanto à publicação em Acesso Aberto (volta ao índice)

Boa parte das editoras comerciais ou de sociedades científicas que editam periódicos científicos relevantes tem mecanismos para facilitar a disponibilização em acesso aberto dos artigos que publicam. Algumas cobram uma taxa adicional para publicar artigos que serão divulgados em acesso aberto; outras permitem que o autor deposite a sua versão do artigo aprovado em repositórios de acesso aberto logo após a publicação pelo periódico ou com embargo de alguns meses, em geral 6 ou 12 meses8.

As políticas de cada editora ou associação profissional quanto à disponibilização em acesso aberto de artigos publicados em suas revistas estão descritas em “Journal and Publisher policies on author self-archiving (Eprints/ROMEO version)” em http://www.sherpa.ac.uk/romeo/index.php?la=en&fIDnum=|&mode=advanced.

A política denominada “Verde” significa que o editor (ou revista) oferece luz verde para o auto-arquivamento do post-print (versão do artigo revista após pareceres de revisores e aceita para publicação). Neste caso a política é classificada como “Verde brilhante”. Certos editores ou revistas autorizam o auto-arquivamento apenas da versão pré-revisão pelos árbitros e neste caso a política é denominada “Verde pálido”. Em 17 de Maio de 2008 o site Romeo informava que 50% de uma lista de 85 Editoras trabalham com a política “Verde brilhante” e 7% com a política “Verde pálido”. Em termos de revistas, isso implica em 55% de um conjunto de 7.135 revistas. Deve ser notado que estes percentuais tendem a evoluir constantemente, a medida que revistas e editoras que adotam a política “Cinza” passam a algum dos tipos de “Verde”.

Os 42% restantes tem a política denominada “Cinza”, que não oferece a luz verde ainda.

Novas opções ou formas de publicação em acesso deverão aparecer no futuro, como produto da consolidação do acesso aberto na comunidade científica, como demonstram as iniciativas e posicionamentos políticos governamentais e institucionais a favor do acesso aberto às publicações resultantes das pesquisas financiadas com recursos públicos, como é o caso do NIH dos Estados Unidos e do Welcome Trust da Inglaterra.

4) A Política da FAPESP para a publicação em Acesso Aberto (volta ao índice)

Nesse contexto, a FAPESP, com o objetivo de contribuir para ampliar e fortalecer a visibilidade da pesquisa brasileira e aumentar o seu impacto, estabelece que os textos completos de artigos ou outros tipos de comunicação científica, originados de pesquisas e projetos por ela financiados, parcial ou totalmente, e publicados em periódicos internacionais sejam depositados em repositório institucional de trabalhos científicos, seguindo-se a política para disponibilização em acesso aberto de cada revista, logo que os manuscritos sejam aprovados para publicação ou em prazo compatível com as restrições de cada revista.

Os artigos publicados nos periódicos SciELO não precisam (mas podem) ser submetidos ao repositório pois já são publicados em acesso aberto.

Para facilitar o cumprimento desta recomendação:

1) Os autores poderão fazer uso das diferentes opções de acesso aberto de modo a assegurar que uma cópia seja submetida ao repositório institucional sem que haja interferência alguma nas suas opções e no processo de publicação.

2) Espera-se que o trabalho de gestão, orientação aos pesquisadores, indexação e disponibilização no repositório institucional seja feito pelo serviço de apoio das bibliotecas institucionais, sendo essencial para a FAPESP que não onere o tempo do pesquisador.”

Ao tomar a decisão de lançar a Política para Acesso Aberto que amplia e fortalece a transmissão e o avanço do conhecimento científico gerado no Brasil, a FAPESP promove que as pesquisas financiadas por recursos públicos tenham seus resultados publicados em acesso universal e aberto.

A FAPESP conta com o apoio decisivo da comunidade científica para viabilizar a Política para Acesso Aberto, com base no histórico de iniciativas bem sucedidas em prol da democratização do acesso à informação científica, como o Programa de Biblioteca Eletrônica (Probe) que posteriormente deu origem ao Portal Periódicos Capes e do programa SciELO, que conta também com o apoio do CNPq e da BIREME e que vem evoluindo como a mais importante iniciativa de acesso aberto nos países em desenvolvimento.


Referências

1Lawrence, S. (2001) “Free online availability substantially increases a paper’s impact”, disponível em http://www.nature.com/nature/debates/e-access/Articles/lawrence.html, acessado em 18 de maio 2008.

2Harnard Stevan and Brody Tim (2004) Comparing the Impact of Open Access (OA) vs. Non-OA Articles in the Same Journals. D-Lib Magazine. 10(6). Disponível em: http://www.dlib.org/dlib/june04/harnad/06harnad.html, acessado em 26 de fevereiro 2019

3Gunther Eysenbach (2006) Citation Advantage of Open Access Articles PLoS Biol. 4(5): e157. Published online 2006 May 16.doi:10.1371/journal.pbio.0040157. Disponível em http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?tool=pubmed&pubmedid=16683865 acessado em 18 de maio 2008.

4Alonso, Wladimir J.; Fernández-Juricic, Esteban (2002). Regional network raises profile of local journals. Nature 415, 471-472 (31 January 2002) | doi:10.1038/415471c. Disponível em: http://www.nature.com/nature/journal/v415/n6871/full/415471c.html acessado em 18 de maio de 2008.

5PACKER, Abel L and MENEGHINI, Rogério (2007) Learning to communicate science in developing countries. INCI. [online], 32(9). Disponível em: http://www.scielo.info/local/content/pdf/032.pdf, acessado em 26 de fevereiro de 2008.

6Rogerio Meneghini and Abel L Packer. Is there science beyond English? Initiatives to increase the quality and visibility of non-English publications might help to break down language barriers in scientific communication. EMBO Rep. 2007 February; 8(2): 112–116. doi: 10.1038/sj.embor.7400906. Disponível em: http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=1796769, acessado em 18 de maio 2008.

7Varmus H (2008) Progress toward Public Access to Science. PLoS Biol 6(4): e101 doi:10.1371/journal.pbio.0060101.

8Harnad, S. et AL. The green and the gold roads to Open Access” ,http://www.nature.com/nature/focus/accessdebate/21.html, acessado em 17 de Maio de 2008. 

Página atualizada pela última vez em 27 de fevereiro de 2019 via Fapesp.


 

Atenciosamente,
 

Elisabeth Adriana Dudziak

Divisão de Gestão de Desenvolvimento e Inovação

Departamento Técnico - SIBiUSP

www.bibliotecas.usp.br

atendimento@sibi.usp.br
www.facebook.com/SIBiUSP

Fone: +5511-3091-4195

 

https://youtu.be/hXnxVjGL2T0 Open Source and History

https://youtu.be/x9r6ShMicR4 Open Software Brief History


7.VÍDEOS E LEITURAS RECOMENDADAS:
 


Vídeos:

Information R/evolution

JISC - Libraries of the Future



Leituras recomendadas:
 

 

8. INTERNET DA BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL

A NOTÍCIA DO LANÇAMENTO NA INTERNET DA WDL, A BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL: QUE PRESENTE DA UNESCO PARA A HUMANIDADE INTEIRA !!!

Já está disponível na Internet, através do site  www.wdl.org

É uma notícia QUE NÃO SÓ VALE A PENA REENVIAR MAS SIM É UM DEVER ÉTICO, FAZÊ-LO!

Reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e explica em sete idiomas as jóias e relíquias culturais de todas as bibliotecas do planeta.

Tem, sobretudo, caráter patrimonial" , antecipou em LA NACION Abdelaziz Abid, coordenador do projecto impulsionado pela UNESCO e outras 32 instituições. A BDM não oferecerá documentos correntes, a não ser "com valor de  patrimônio, que permitirão apreciar e conhecer melhor as culturas do mundo em idiomas diferentes:árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português. Mas há documentos em linha em mais de 50 idiomas".

Entre os documentos mais antigos há alguns códices precolombianos, graças à contribuição do México, e os primeiros mapas da América, desenhados por Diego Gutiérrez para o rei de Espanha em 1562", explicou Abid.

Os tesouros incluem o Hyakumanto darani , um documento em japonês publicado no ano 764 e considerado o primeiro texto impresso da história; um relato dos azetecas que constitui a primeira menção do Menino Jesus no Novo Mundo; trabalhos de cientistas árabes desvelando o mistério da álgebra; ossos utilizados como oráculos e esteiras chinesas; a Bíblia de Gutenberg; antigas fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil e a célebre Bíblia do Diabo, do século XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia.

Fácil de navegar:

Cada jóia da cultura universal aparece acompanhada de uma breve explicação do seu conteúdo e seu significado.. Os documentos foram passados por scanners e incorporados no seu idioma original, mas as explicações aparecem em sete línguas, entre elas O PORTUGUÊS. A biblioteca começa com 1200 documentos, mas foi pensada para receber um número ilimitado de textos, gravados, mapas, fotografias e ilustrações.

Como se acede ao sítio global?

Embora seja apresentado oficialmente  na sede da UNESCO, em Paris, a Biblioteca Digital Mundial já está disponível na Internet, através do sítio:

www.wdl.org

O acesso é gratuito e os usuários podem ingressar directamente pela Web , sem necessidade de se registrarem..

Permite ao internauta orientar a sua busca por épocas, zonas geográficas, tipo de documento e instituição. O sistema propõe as explicações em sete idiomas (árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português), embora os originas existam na sua língua original.

Desse modo, é possível, por exemplo, estudar em detalhe o Evangelho de São Mateus traduzido em aleutiano pelo missionário russo Ioann Veniamiov, em 1840. Com um simples clique, podem-se passar as páginas um livro, aproximar ou afastar os textos e movê-los em todos os sentidos. A excelente definição das imagens permite uma leitura cômoda e minuciosa.

Entre as jóias que contem no momento a BDM está a Declaração de Independência dos Estados Unidos, assim como as Constituições de numerosos países; um texto japonês do século XVI considerado a primeira impressão da história; o jornal de um estudioso veneziano que acompanhou Fernão de Magalhães na sua viagem ao redor do mundo; o original das "Fábulas" de La Fontaine , o primeiro livro publicado nas Filipinas em espanhol e tagalog, a Bíblia de Gutemberg, e umas pinturas rupestres africanas que datam de 8.000 A .C.

Duas regiões do mundo estão particularmente bem representadas:

América Latina e Médio Oriente. Isso deve-se à activa participação da Biblioteca Nacional do Brasil, à biblioteca de Alexandria no Egipto e à Universidade Rei Abdulá da Arábia Saudita.

A estrutura da BDM foi decalcada do projecto de digitalização da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, que começou em 1991 e atualmente contém 11 milhões de documentos em linha.

Os seus responsáveis afirmam que a BDM está sobretudo destinada a investigadores, professores e alunos. Mas a importância que reveste esse sítio vai muito além da incitação ao estudo das novas gerações que vivem num mundo áudio-visual.

 

9.FONTES CONSULTADAS:

 

BAUER,M. Navegar sem naufragar. Info Exame, p. 74-8, jan.1998.

GUIAda Internet. Revista da Folha de S. Paulo, 20 out.1999.

KIRK,E.E. Evaluation of information sources. [online] 11 Sep. 1997.Available from [5 Oct. 1997].

MIYAZAKI,Alice Mari. Website como fonte de informação:critériosde avaliação. São Paulo, 1991. [Trabalho de Conclusão deCurso(Biblioteconomia) - Escola de Comunicações e Artes. USP].

SALVIATTI,M-E.Publicação eletrônica: perspectivasna sociedade pós-industrial. RevistaEscola BiblioteconomiaUFMG, v-23, n-1, p. 28-42, jan./jun. 1994.

SMITH,A. Criteria for evaluation of Internet information resources.[online] 2 Mar. 1997. Available from: [ 4 Oct. 1997].

Meta-Search Engines.[online] Available from http://www.lib.berkeley.edu/TeachingLib/Guides/Internet/MetaSearch.html [ 28 Mar. 2005].

MARTHE, Marcelo. A guerra dos Buscadores. In: Revista Veja, número 1881.24 de novembro de 2004.

LIMA, João Gabriel. Isso sim é revolução. In: Revista Veja, número 1885.22 de dezembro de 2004.

Daisy Pires Noronha


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